uma cidade de ossos
calcinados, onde nem cães
metiam o dente.
E o corpo é um cristal lívido
no centro d'uma praça, deportado,
límpido, onde nem os homens
se atrevem.
A cidade aposta-se toda
na espessura do sono, na
candura banal, vulgar,
do país em ruína:
impaciente.
Paulo da Costa Domingos, Cal,
com prefácio de Vitor Silva Tavares, Lisboa, Averno, 2015
Gosto tanto deste poema. Parabéns ao autor.
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