terça-feira, 6 de outubro de 2015

OS CÃES DA NOITE


I

Quando a noite se eriça mais do que é costume,
convoco os cães.

Na esperança de que os cães me tirem
das goelas da noite
e abram brechas na muralha de fogo.


A. M. Pires Cabral
in A noite em que a noite ardeu, Lisboa: Cotovia, 2015

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