A rua era garganta. Voz de acordeão cego. Banco desdobrável para não se fazer esperar demasiado tempo à hora da partida. À entrada do bazar, de música alinhavada ao sobretudo preto, o velho usava de uma cegueira quase branca, quase azul, exposta à via pública. No pulso esquerdo, um cordão pintado de verde ligava-o ao pescoço de um vadio de pêlo ralo que sabia da música pela vibração do fio ao traduzir o movimento dos dedos do seu senhor sobre as teclas. [...] - CONTINUA AQUI.
[quantas vezes o mundo a céu aberto
ResponderEliminarse assemelha aos quartos vazios
em vão;
ao de leve, no topo
as clarabóias em tons
claro escuro de nuvem?]
um abraço,
bL